A primeira coisa que preciso dizer é que este artigo é sobre contar boas histórias e não sobre algoritmos. A outra é: já disse sobre estar amando escrever para esta newsletter que criei no Linkedin, mas vou repetir, ela simplesmente me faz fugir à regra que tanto critico nos meus ensinamentos sobre conteúdo; não seja a casa de ferreiro com espeto de pau – a síndrome da impostora também funcionaria nesse caso.
Eu escrevo pra tanta gente, tantos negócios com as mais diversas finalidades, mas não escrevia uma só frase em causa própria e pra fortalecer meu próprio marketing pessoal. Portanto, obrigada, Linkedin, por me forçar a escrever quinzenalmente por aqui. Afinal, estratégia e frequência devem andar de mãos dadas com boas histórias e conteúdos autênticos.
Dizem que é a partir do 30º artigo que você começa a colher bons frutos por aqui. Isso também não é coisa de algoritmo, mas estourar pode não acontecer comigo ou com você. A verdade é que já ouvi isso de pessoas que são referência em produção de conteúdo e especialistas em Linkedin. Bem, estou no meu 22º e venho fazendo bons negócios.
Enfim, pegue a sua técnica, acrescente boas referências, utilize recursos que já deram resultado para outras pessoas e conte boas histórias, sem olhar para trás e sem querer prever o futuro. Apenas junte tudo isso à emoção e pratique, pratique e pratique.
Sobre a importância de contar boas histórias
Quando soltei essa frase no podcast Arte de Inspirar, ela foi muito impactante; tão impactante que logo virou a capa dele, e obviamente o entrevistador, o Vitor Bastos, meu amigo e idealizador do projeto, centralizou nossa conversa em torno dessa afirmação. A frase também virou post, depois uma palestra corporativa, acabou de virar artigo e também já é parte da minha história com conteúdo.
E, se você vive na paranoia de tentar entender os algoritmos das redes sociais, este artigo pode te interessar.
De todo modo vou dar uma breve explicação sobre algoritmos. A primeira delas é: algoritmos não são pessoas, e nós escrevemos para pessoas, até porque são elas que vão consumir seus conteúdos, interagir, curtir, compartilhar e comprar seus produtos e serviços.
Para explicar ao pé da letra, um algoritmo nada mais é do que uma receita que mostra passo a passo os procedimentos necessários para a resolução de uma tarefa. Em termos mais técnicos, um algoritmo é uma sequência lógica, finita e definida de instruções que devem ser seguidas para resolver um problema.
Portanto, você pode dominar qualquer tipo de algoritmo se conhecer a fundo os processos tecnológicos e analíticos de uma rede social, mas nada te levará tão longe quanto boas histórias, boas ideias, autenticidade, conhecimento no assunto e, sobretudo, seu próprio feeling.
Não se dê o trabalho de produzir um conteúdo pensando em algoritmos, conte histórias de verdade, fale com autenticidade, seja você, saiba pra quem você está falando e o que pode interessar mais a essas pessoas que fazem parte da sua audiência.
Pare de pirar nos gurus da internet sobre ter 15 publicações ao dia nos stories, publicações no feed todos os dias; inclusive, pelo menos no Linkedin, isso pode ser um grande tiro no pé, pois toda vez que tem alguma publicação sua girando bem, a partir do momento em que você publica outra apenas para alimentar os robôs do algoritmo, seu conteúdo que estava indo bem pode perder força.
Já reparou que, por exemplo, quando aparece no seu perfil do Linkedin que sua publicação foi vista por 1500 pessoas, assim que você publica outra coisa, a numeração zera e começa a contar novamente? Então, imagine se seu próximo post não decolar e for visto apenas por 20 pessoas.
Você já terá perdido rankeamento dentro da plataforma; ou seja, seguir guias pré-moldados de algoritmos pode te prejudicar, e muito!
Isso só reforça a importância de um bom conteúdo e de boas histórias, elas são a única forma de fazer com que seu conteúdo gire bem!
Portanto, mais importante que ficar obcecado pelos algoritmos das redes sociais é contar boas histórias e garantir audiência por meio delas. Dá até um alívio saber disso, né?
Uma breve introdução sobre a JORNADA DO HERÓI
Se você vive de escrita, quer viver dela ou pretende causar impacto e fortalecer seu marketing pessoal por meio de conteúdo, você precisa entender a jornada do herói e praticá-la nos seus textos.
Antes mesmo de conceituar a jornada do herói, vou dar exemplos clássicos de filmes em que esse tipo de narrativa faz parte do roteiro central da história, como o recente Coringa, com a maravilhosa interpretação de Joaquin Phoenix e de tantos outros que também viveram na pele o perturbado palhaço, como Jack Nicholson e também o Heath Ledger (pra mim os três grandes intérpretes dessa história).
* Foto: Revista Rolling Stone
Aliás, a maioria dos filmes de super-heróis das gigantes dos quadrinhos Marvel e DC Comics, ou qualquer outra, tem como plano central a jornada do herói. E é exatamente por isso que ficamos tão maravilhados com essas narrativas.
Embora o Coringa seja um herói às avessas, um assassino doentio, não conseguimos sentir raiva dele e chegamos a ficar comovidos com a sua história. Quantas vezes sentimos pena de um vilão? Isso porque a jornada do herói não se manifesta apenas por meio de mocinhos.
Todas as vezes que contamos histórias através de narrativas ligadas a roteiros de heróis, sobre superação, traumas, problemas familiares, dores e desvio de caráter e demais roteiros que caminham para fins trágicos, embora recheados de superações e heroísmos, podemos chamar a técnica de jornada do herói.
Sabe aquele roteiro que tem os traumas, em seguida as tramas que parecem impossíveis de se vencer e depois vem a superação? Isso é, resumidamente, a jornada do herói!
3 livros imperdíveis sobre a jornada do herói
O grande precursor dessa narrativa e quem deu o “nome aos bois” foi Joseph Campbell, na obra O Herói de Mil Faces, que é reconhecidamente um dos maiores estudiosos sobre essa forma de escrita. O livro é obrigatório para quem quiser compreender melhor sobre a jornada do herói.
Vale também se aprofundar no assunto e ler A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Escritores, na qual Christopher Vogler faz uma esclarecedora e riquíssima análise do conceito da jornada do herói, por meio de diversos filmes, os mais clássicos e imperdíveis da história do cinema relacionados ao tema.
E, ainda, o premiadíssimo Sobre a Escrita: a Arte em Memórias, por Stephen King, que não tem uma relação direta com a jornada do herói, mas é um grande clássico para quem quer viver de escrita. Até porque o autor é o verdadeiro herói do terror no mundo, tendo entre suas obras os brilhantes O Iluminado, IT: a Coisa e Carrie, a Estranha.
De resto, essa coisa de jornada do herói é papo pra um outro artigo.
No mais, conte histórias que você tenha vontade de ler e reler, de compartilhar, de divulgar e de contar pra todo o mundo.
Sobre a autora
Fundei a INBOX Conteúdo em 2017 para compartilhar conteúdos autênticos e verdadeiros na era digital. Sou especialista em marketing digital, consultora e escritora Ghostwriter.
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